segunda-feira, 11 de junho de 2012

Meditação de Junho: Décimo primeiro dia


Décimo primeiro dia

Dores do Coração de Jesus

Não foi o ferro da lança quem primeiro feriu o Coração de Jesus; o amor o havia ferido desde o primeiro instante de sua vida. Foi esta a primeira e a maior de suas chagas, que Ele mesmo não pôde dissimular: "Feriste-me o Coração, minha irmã, minha esposa, feriste-me o Coração" (Cant. 4,7) (Nouet). O Coração de Jesus também foi ferido pela compaixão de nossas misérias, que tantas chagas lhes fez, quantos males via em nós.

Foi ferido pela dor de nossos pecados, sofrendo sozinho o arrependimento e contrição de todos os crimes do mundo, como seu corpo depois sofreu a pena que mereciam. Foi esta cruz mais pesada do que a do Calvário onde morreu, pois começou-lhe com a vida e só com a morte acabou.

"Estas palavras que lhe estavam reservadas - nos diz a Beata Ângela de Foligno - manifestar-se-ão ao espírito e contristar-lhe-ão o Coração, desde o primeiro momento de Sua existência; não confusamente, porém do modo mais claro e distinto.

Ele previa que depois de triste e penosa vida de 33 anos, cujas circunstâncias todas tinha diante dos olhos, seria vendido e traído por um dos seus discípulos, negado por outro, abandonado por todos, preso, espancado, esbofeteado, acusado, blasfemado, caluniado, flagelado, coroado de espinhos, conduzido ao Calvário, carregado com a Cruz, crucificado, aniquilado pela morte, e traspassado pelo golpe de uma lança: eis o que Ele viu e não cessou de ver e meditar durante a sua vida. Semelhante previsão não podia existir sem amarga tristeza, e sem incomensurável dor de coração e de espírito".

Avalie, pois, quão vivas e contínuas foram as dores do Coração de Jesus.

Escutemos ainda sobre este assunto a Santa Margarida Maria, ou antes, a Nosso Senhor: "Estando eu um dia, diante do Santíssimo Sacramento exposto, apareceu-me o Divino Mestre todo radiante de glória com as suas cinco chagas resplandecentes quais cinco sóis. De sua sagrada Humanidade saíam chamas de todos os lados, porém principalmente do seu adorável peito, que parecia uma fornalha: no meio destas chamas, mostrou-me seu suavíssimo Coração, que era o foco das chamas. Revelou-me então as maravilhas inexplicáveis do seu amor, a que excesso havia chegado, amando os homens, de quem só recebia ingratidões. «Eis aqui, me disse Ele, o que Me é mais sensível do que tudo o que sofri em Minha Paixão, tanto que, se correspondessem ao Meu amor, pouco contaria tudo quanto por eles fiz e quisera, se fosse possível, fazer ainda mais; eles, porém, só têm tibieza e repulsa para todos os meus ardentes desejos de fazer-lhes bem»".

O Coração de Jesus não sofreu somente em todas as horas, mas todos os instantes de sua vida mortal; pois, como disse Santa Margarida Maria, toda a sua vida derivou-se no amor e na privação, assim como consumou-se no sacrifício.

Prática

Tomai a resolução de fazer nas primeiras sextas-feiras do mês uma comunhão oferecida ao Coração de Jesus, em reparação de todas as negligências que se tiverem insinuado nas que fizestes entre elas.

Oração jaculatória

Coração de Jesus, saturado de opróbrios, ensinai-me a su-portar com paciência as contradições e o desprezo.

3 vezes: 
Divino Coração de Jesus, tende piedade de nós. Coração Imaculado de Maria, rogai por nós.


Fonte: Arquivo em PDF enviado por e-mail pelo Grupo São Domingos de Gusmão
Mês de Junho – Meditações (Mês dedicado ao Sagrado Coração de Jesus)
Fotografia:
A Catholic Life

Nenhum comentário:

Postar um comentário