segunda-feira, 26 de novembro de 2012

São Leonardo de Porto Maurício



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26 de Novembro
São Leonardo de Porto Maurício, Confessor
(+ Roma, 1751)


Nascido na Ligúria, ingressou na Ordem franciscana e foi pregador popular de grande sucesso, em várias regiões da Itália. Pregava sobre a Paixão de Nosso Senhor com um fervor tal que comovia todos os corações, por mais endurecidos que estivessem. Foi grande propagador da devoção ao Sagrado Coração de Jesus e incentivou a prática do exercício da Via Sacra. Profetizou, numa carta escrita pouco antes de morrer, a proclamação do dogma da Imaculada Conceição, da qual era defensor apaixonado e intransigente. Quando morreu, tal era a fama de sua virtude que o próprio Papa foi ajoelhar-se diante de seu corpo.

Fonte: Lepanto

domingo, 25 de novembro de 2012

Santa Catarina de Alexandria

 
 25 de Novembro
Santa Catarina de Alexandria
Virgem e Mártir (+ Egito, 305)

É sem dúvida uma das santas mais populares da História da Igreja, universalmente venerada. De acordo com um relato muito antigo de sua vida, era uma jovem de grande beleza e tinha recebido de Deus o dom da sabedoria. Conduzida diante do imperador por ser cristã, censurou-o corajosamente por perseguir a Religião verdadeira, fez a apologia do Cristianismo e demonstrou a falsidade dos cultos idolátricos. Não conseguindo discutir com ela, o imperador convocou os cinqüenta filósofos mais cultos do Egito para que refutassem os argumentos da jovem, mas eles também não o conseguiram e, ao final do debate se declararam cristãos. O imperador, encolerizado, condenou à morte os cinqüenta sábios e sua mestra, a qual teve o corpo dilacerado por rodas com lâminas cortantes.

Fonte: Lepanto

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Santo Eliseu

14 de Junho
Santo Eliseu,
Profeta (+ Palestina, séc. IX A.C.)




O Profeta Eliseu e a tradição do Carmelo
O nome desse profeta que foi discípulo de Elias significa “meu Deus é salvação” em hebraico. Sua atividade profética foi exercida em Israel durante os reinados de Ocozias, Jorão, Jeú e Joacaz. Ele era filho de Safat e vivia em Abel-Meolá, onde Elias o encontrou e o ungiu conforme o Senhor ordenara. Então, ele passou a acompanhar Elias até quando este foi arrebatado ao céu.
Após ter recebido o espírito profético, ou seja, o dom da profecia, começou a profetizar em Israel, realizando muitos atos miraculosos. As Escrituras relatam cerca de vinte milagres realizados por Eliseu, que vão desde a ressurreição de um menino até ao aumento do azeite de uma pobre viúva. Um dos mais conhecidos, senão o mais importante, é o que trata da cura do sírio Naamã, que era general do rei da Síria. Aquele homem, de elevada posição social, havia sido contaminado pela lepra. Naqueles tempos, a lepra era uma doença incurável, a qual excluía a pessoa completamente do convívio social. Naamã, então, ouviu falar a respeito de Eliseu e foi até ele, suplicando-lhe que fosse curado. Eliseu, então, manda que ele se banhe nas águas do rio Jordão. Ao sair do banho, Naamã estava curado. Ele agradece ao profeta e retorna para a sua terra, levando consigo uma porção de terra do solo israelita e afirmando que daquela hora em diante serviria somente ao Deus dos hebreus.
Eliseu exerceu sua atividade durante mais de sessenta anos. Assim, ele acompanhou de perto a sucessão de vários reis e presenciou muitas guerras, invasões e fomes que assolaram Israel. O rei Jeú foi ungido por Eliseu, o qual o apoiou em sua determinação de acabar com o culto pagão ao deus Baal.
Ao longo dos tempos, foram surgindo muitas histórias, lendas e fatos admiráveis em torno da figura de Eliseu, as quais demonstram o quanto ele foi um profeta querido entre o povo. Mais ainda, demonstram o quão grande era sua determinação em servir a Deus e levar o povo a também servir ao Senhor. Ele, desde quando começou a acompanhar Elias, foi um homem cheio de fé e confiança em Javé, a quem dedicou todo o amor com total e absoluta entrega.
Na época em que Joás era o rei de Israel, Eliseu adoeceu e morreu já em idade avançada. Antes de sua morte, Joás foi visitá-lo e lamentou que grande perda seria para Israel a morte do profeta.
por Nilson Antônio da Silva




Meditação de Junho: Décimo quarto dia


Décimo quarto dia
O que o Sagrado Coração de Jesus pede aos homens

O Coração de Jesus deu-se e entregou-se inteiramente a nós. Seu Coração, eis a fontes de seus dons, de seus benefícios, e o princípio de seus favores. O que deseja de nosso reconhecimento? Uma só coisa: nosso coração; quer coração por coração.

Perguntou, um dia, Nosso Senhor à Santa Ludgarda o que desejava dele: "O que desejo e quero - respondeu ela - é o Vosso Coração". Replicou-lhe o suavíssimo Salvador: «Pois Eu quero antes o teu». É na verdade digno de admiração que o Coração de Jesus, fonte de todos os bens, não cesse de solicitar o homem, como se não pudesse prescindir dele. O que lhe pede? Seu coração: Filho, dá-Me o teu coração... Converte-te a Mim... Jerusalém, lava o teu coração, apaga as manchas que te envilecem... Amarás o Senhor de todo o teu coração.

Tem o Coração de Jesus necessidade de alguma coisa? E se assim fosse, é por ventura o coração do homem capaz de aliviar-lhe a sua indigência? Que tesouro, pois, ocultamos nós debaixo deste montão de cinza para que Jesus por ela seja tão ansioso? Ah! é porque o coração é o princípio de todos os dons, e o que realça os outros. Jesus não avalia tanto o que Lhe damos, mas o coração com que Lhe damos. Ele é cioso de nosso coração: um só olhar, uma só elevação desse coração para Ele, é bastante para arrebatá-lo; é que nada pertence tanto a Jesus como esse coração, conquista sua: Jesus é um Rei guerreiro e generoso que se compraz em dar batalhas e alcançar vitórias. Ora, só o coração lhe resiste; ganho o coração, tudo ganho está. Por isso empenha sua glória em vencê-lo, apoderando-se deste, constitui Seu reino, Seu céu, Seu paraíso sobre a terra.
Custa-Lhe este céu muito mais que todos os outros; não Se contenta com uma palavra para adquiri-lo, diz São Bernardo; compra-o pelo preço de Seu sangue e vida.

O que procura Jesus sobre o feno da manjedoura? O que solicita com suas lágrimas e gemidos? Um coração que o queira amar.

O que procura na Palestina, correndo de província em província? O que pretende com tantos trabalhos e suores? Ganhar o coração dos homens e fazer-se amar.

O que procura na Cruz? No Santíssimo Sacramento? O que busca, enfim, oferecendo aos homens deste século Seu Coração, por último extremo de amor? Procura corações, e entretanto não acha quem O contente. Olha para a terra, considera todos os homens, e entre essa prodigiosa multidão de corações que se dão aos que amam, apenas um aparece que se afeiçoe inteiramente à Sua bondade (Nouet).

O divino Salvador disse a Santo Ângelo de Foligno: «Se alguém me quisesse receber em sua alma, Eu de bom grado acederia a tal desejo; se alguém quisesse ver-Me, Eu Me mostraria com júbilo; se alguém quisesse entreter-se Comigo, Eu lhe falaria com afabilidade, pois caras Me são as almas que Me amam, e se Eu achasse alguma que Me amasse com mais estremo do que os Meus Santos de outrora, e fizesse iguais maravilhas, Eu lhe concederia mercês ainda mais insignes».

Prática
Consagrai cada ano uma semana, e todos os meses um dia, unicamente destinados a recobrar as forças espirituais de vossa alma no retiro.

Oração jaculatória
Ó Coração de Jesus que me procurastes quando eu fugia, fugireis agora que Vos busco?

3 vezes:
Divino Coração de Jesus, tende piedade de nós. Coração Imaculado de Maria, rogai por nós.

Fonte: Arquivo em PDF enviado por e-mail pelo Grupo São Domingos de Gusmão
Mês de Junho – Meditações (Mês dedicado ao Sagrado Coração de Jesus)
Fotografia: Arquidiocese de Cascavel

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Meditação de Junho: Décimo terceiro dia



Décimo terceiro dia
Os quatro desejos do Sagrado Coração de Jesus

Há quatro chamas vivas que ardem continuamente no Coração de Jesus.

A primeira é o desejo que testemunhou a seus Apóstolos no dia da ceia, dizendo-lhes as seguintes palavras: "Desejo extremamente comer esta Páscoa convosco antes de padecer" (Lc 22,25). O que nos mostra com que ardor devemos aproximar-nos da Sagrada Mesa para receber o Pão celestial, que nunca receberemos com tanto desejo como Ele teve de no-lo dar. Porquanto parece que este adorável mistério era o centro de suas ações e que, tendo-o concluído, julgou haver tão venturosamente terminado o curso de sua vida que, depois desta grande obra-prima de amor, nada mais lhe restava a fazer, do que padecer e morrer por nós.

Eis o segundo desejo, cujo ardor este Coração insaciável em seus testemunhos de amor aos homens manifestou quando disse: "Eu devo ser batizado com um batismo; ah! muito me agrada que se realize" (Lc 12,59). O que era este batismo senão um batismo de sangue?

O Coração de Jesus considerava a Cruz como o altar no qual devia consumar o sacrifício de propiciação pelo resgate do mundo; eis porque suspirava por ela e a desejava com ânsia. 

Faleceu Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, o Leão de Guarulhos.




Faleceu na manhã de hoje (13), dia de Santo Antônio de Pádua, o bispo emérito de Guarulhos, Dom Luiz Gonzaga Bergonzini.

Dom Bergonzini ficou conhecido, nos últimos anos, por sua militância em favor da dignidade da vida humana. Lutou de maneira incansável para desmascarar, nas últimas eleições presidenciais, as mentiras do Partido dos Trabalhadores – que se revelou favorável à descriminalização do aborto. Travou um duro combate contra os inimigos da Igreja (especialmente membros do clero mais preocupados com o próprio umbigo que com a integridade do Evangelho). Neste ano, por fim, conduziu uma vigília de oração pela vida em frente ao Supremo Tribunal Federal, por ocasião do julgamento da legalização do aborto de fetos anencefálicos.

Dom Bergonzini foi um vitorioso. – Mas, ora, o PT não ganhou as eleições? E o julgamento do STF não foi um resultado negativo? – Sim, não há dúvidas que, concretamente, houve derrotas. Mas a coragem do Leão de Guarulhos – assim ficou conhecido o bispo paulista – vem mostrar que o aparente “triunfo” dos maus não foi alimentado pelo silêncio dos bons. Os católicos deste país conquistaram com Dom Bergonzini ânimo para lutar, para dizer “sim” à vida, “sim” à dignidade humana, “sim” à maternidade responsável. Ficamos mais fortes, arriscamos atos de valentia e bravura. E tudo graças à ousadia de um pastor. Um pastor que hoje parte ao encontro do Pastor Supremo, nosso Senhor Jesus Cristo.

Rezemos pela alma de Dom Luiz Bergonzini, valente servo de Deus. Que a sua alma, pela misericórdia do Altíssimo, descanse em paz.

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Elevamos ao Coração Misericordioso de Jesus nossas súplicas pelo descanso eterno de Dom Bergonzini. Recomendamos sua alma às Mãos Maternais de Nossa Senhora.

Requiem aeternam dona ei, Domine, et lux perpetua luceat ei. Requiescat in pace. Amen.

Santo Antônio de Lisboa


13 de Junho
Santo Antônio de Lisboa,
Confessor e Doutor da Igreja (+ Arcela, Itália, 1231)

Também é conhecido como Santo Antônio de Pádua, por ter vivido nessa cidade italiana. É um dos santos mais populares em todo o mundo. Nasceu em Lisboa, e depois de ser algum tempo agostiniano ingressou na Ordem franciscana, da qual foi um dos maiores expoentes. Pregou na Itália e no sul da França, conseguindo muitos milhares de conversões. Combateu arduamente a heresia dos cátaros e patarinos, dominante no seu tempo, pelo que o chamavam de "incansável martelo dos hereges". Não apenas os combatia no púlpito, pela pregação, mas também por meio de milagres espantosos. Sabia de cor quase todas as Escrituras e tinha um dom especial para explicar e aplicar as mais difíceis passagens. Faleceu em 1231, com apenas 36 anos de idade. Sua língua, que tanto pregara a palavra divina, foi preservada da corrupção e até hoje é venerada num relicário, em Pádua. Foi cognominado o "Doutor Evangélico".

Leia aqui o Sermão de Santo Antônio, do Padre Antônio Vieira.

Fonte: Lepanto
Fotografia: Wikipédia

terça-feira, 12 de junho de 2012

Meditação de Junho: Décimo segundo dia


Décimo segundo dia
A chaga do Coração de Jesus

"Todas as chagas de Nosso Senhor são outras tantas portas de salvação, abertas para todo o mundo; a do Coração é, porém, a mais larga!

Todas as suas chagas são fontes de onde manam as graças; a do Coração, porém, é a mais clara e deliciosa.

Todas as suas chagas são outros tantos regatos de púrpura, nos quais mergulhamos todas as potências de nossa alma para elevar o quilate de nossos pensamentos, palavras e ações; a do Coração, porém, dá-lhes cor mais preciosa e brilho mais vivo.

Todas as suas chagas são outros tantos caracteres do livro da vida que contém a ciência dos Santos; a do Coração, porém, nos torna mais sábios.

Todas as suas chagas são lugares de refúgio, onde os maiores criminosos acham asilo; a do Coração, porém, é mais favorável e seguro.

A Chaga do Coração é eloqüente que fala no íntimo dos corações, para lembrar-nos o amor que nos tem Jesus e para pedir-nos o nosso" (Nouet).

Santo Onofre


Santo Onofre

Onofre foi um eremita que viveu no Egito no final do século IV e início do século V. Ele foi encontrado por um abade chamado Pafúncio. Acostumado a fazer visitas a alguns eremitas na região de Tebaida, esse abade empreendeu sua peregrinação a fim de descobrir se também seria chamado a vivê-la.

Pafúncio perambulou no deserto durante vinte e um dias, quando, totalmente exausto e sem forças, caiu ao chão. Nesse instante, viu aparecer uma figura que o fez estremecer: era um homem idoso, de cabelos e barbas que desciam até o chão, recoberto de pêlos tal qual um animal, usando uma tanga de folhas.

Era comum os eremitas serem encontrados com tal aspecto, pois viviam sozinhos no isolamento do deserto e eram vistos apenas pelos anjos. No final, ficavam despidos porque qualquer vestimenta era difícil de ser encontrada e reposta.

No primeiro instante, Pafúncio pôs-se a correr, assustado, com aquela figura. Porém, minutos depois, essa figura o chamou dizendo que nada temesse, pois também era um ser humano e servo de Deus.

O abade retornou ao local e os dois passaram a conversar. Onofre disse a Pafúncio o seu nome e explicou-lhe a sua verdadeira história. Era monge em um mosteiro, mas sentira-se chamado à vida solitária. Resolveu seguir para o deserto e levar a vida de eremita, a exemplo de são João Batista e do profeta Elias, vivendo apenas de ervas e do pouco alimento que encontrasse.

Onofre falou sobre a fome e a sede que sentira e também sobre o conforto que Deus lhe dera alimentando-o com os frutos de uma tamareira que ficava próxima da gruta que era sua moradia. Em seguida, conduziu Pafúncio à tal gruta, onde conversaram sobre as coisas celestes até o pôr-do-sol, quando apareceu, repentinamente, diante dos dois, um pouco de pão e água que os revigorou.

Pafúncio falou a ele sobre seu desejo de tornar-se um eremita. Mas Onofre disse que não era essa a vontade de Deus, que o tinha enviado para assistir-lhe a morte. Depois, deveria retornar e contar a todos sua vida e o que presenciara. Pafúncio ficou, e assistiu quando um anjo deu a eucaristia a Onofre antes da morte, no dia 12 de junho.

Retornando à cidade, escreveu a história de santo Onofre e a divulgou por toda a Ásia. A devoção a este santo era muito grande no Oriente e passou para o Ocidente no tempo das cruzadas. O dia 12 de junho foi mantido pela Igreja, tendo em vista a época em que Pafúncio viveu e escreveu o livro da vida de santo Onofre, que buscou de todas as maneiras os ensinamentos de Deus.

Santo Onofre, rogai por nós!

Fotografia: Wikipédia

segunda-feira, 11 de junho de 2012

São Barnabé, o Filho da Consolação


Filho da Consolação, Membro destacado da Igreja apostólica, inflamado de zelo pela conversão dos pagãos.

Nos primeiros dias da Igreja o fervor dos cristãos era tão grande, que eles renunciavam a seus bens, colocando-os à disposição dos Apóstolos para que os utilizassem em proveito de todos: “Repartia-se então a cada um deles conforme a sua necessidade” (Atos 4, 35). Sem ser obrigatória, esta prática se tornava possível devido ao pequeno número de fiéis. Com o crescimento da Igreja, ela continuou a florescer nas ordens religiosas.

Entre esses generosos cristãos destacava-se um, pelo que é nomeado por São Lucas: “Assim José – a quem os Apóstolos deram o sobrenome de Barnabé que quer dizer filho da consolação -, levita natural de Chipre, possuía um campo. Vendeu-o e trouxe o valor dele e depositou-o aos pés dos Apóstolos” (At 4, 36-37).

Segundo tradição oriental Barnabé se radicou em Jerusalém, e tendo ouvido Nosso Senhor pregar no Templo, tornou-se admirador de sua doutrina. Por seu zelo e conselhos, mereceu ser chamado Apóstolo,apesar de não ser dos 12. Era grave e afável, com amplidão de vistas e chama profética, e, sobretudo, como diz São Lucas, “homem bom e cheio do Espírito Santo” (At 11, 24).