quinta-feira, 19 de abril de 2018

São Leão IX, Papa


Nascido Brunone di Egisheim-Dagsburg (21 de junho de 1002, Eguisheim, Alsácia – 19 de abril de 1054, Roma), coroado papa em 12 de fevereiro de 1049 sob o nome de Leão IX, foi o 153º papa da Igreja Católica. Foi principalmente um papa viajante, trabalhando pela paz na Europa.

Ele nasceu em Eguisheim, na Alsácia. No entanto, certas pessoas afirmam que ele nasceu em Dabo, outras em Walscheid, ambas na Moselle. Depois de estudar em Toul, tornou-se cônego de Saint-Étienne em 1017 e bispo desta cidade em 1026.

Torna-se papa em 1049. Neste mesmo ano proíbe o casamento de Guilherme I da Inglaterra (conhecido como Guilherme, o Bastardo) e de Matilde de Flandres. Apesar disso, o casamento acaba por ser realizado.

Leão IX foi um reformador, tendo-se inscrito na reforma dita «gregoriana». Convoca durante seu pontificado 12 Concílios.

Suas principais lutas foram contra:
- a taxa eclesiástica (a simonia);
- o casamento bem como a concubinagem dos padres (o nicolaísmo);
- os bispos não deveriam ser príncipes do Império, mas simples teólogos;
- o retorno dos valores do cristianismo primitivo.

De junho de 1053 a março de 1054 ele foi mantido prisioneiro em Benevento, numa prisão honorável; ele não sobreviveu muito tempo após seu retorno a Roma, onde morreu em 19 de abril de 1054. O dia de São Leão é festejado em 19 de abril, dia do aniversário da sua morte. Seu corpo repousa na basílica de São Pedro.

Placa comemorativa no castelo de Eguisheim:

Antes de sua morte, Leão IX enviou um legado papal, o Cardeal Humberto de Silva Candida, a Constantinopla, para negociar com o patriarca de Constantinopla Miguel Cerulário (1043-1059), em resposta a suas ações sobre a Igreja no sul da Itália. Humberto rapidamente parou as negociações, e excomungou e depôs o patriarca em nome do papa. Este ato, embora juridicamente inválido devido à morte do Papa da época, foi respondida pelo próprio Patriarca Miguel com a excomunhão contra o Humberto e seus associados e é popularmente considerado a separação oficial entre as Igrejas orientais e ocidentais no que é chamado de Grande Cisma do Oriente.


Fonte: Escravas de Maria

Obs: Quem souber inglês, eu recomendo que leia Aqui, pois está mais completo.

domingo, 15 de abril de 2018

Santas Anastácia e Basilissa, Mártires


Martirizadas em torno do ano 68 d.C.

A tradição diz que duas nobres romanas, Anastácia e Basilissa, foram convertidas ao Cristianismo pelas pregações dos Apóstolos São Pedro e São Paulo, dos quais receberam a missão e o privilégio de enterrarem seus corpos, após os dois Apóstolos terem sido martirizados em Roma.

Isto teria enfurecido as autoridades que acabaram descobrindo quem havia enterrado os Apóstolos; elas foram presas e levadas diante do tribunal de Nero para renunciarem a sua fé e confessarem onde tinham enterrado os dois, para seus corpos serem exumados e queimados. Nenhuma das duas confessou o local e tiveram as suas línguas arrancadas, os braços e pés cortados antes de serem finalmente decapitadas.

Os restos mortais das duas gloriosas mártires, segundo o Diário Romano de 1926, ainda hoje são guardados na Igreja de Santa Maria della Pace.

Em edições anteriores o Martyrologium Romanum recordava as Santas Anastásia e Basilissa no dia 15 de abril, mas as últimas reformas reuniram todos os primeiros mártires cristãos de Roma em uma única comemoração no dia 30 de junho.

Na arte litúrgica da Igreja, Anastácia e Basilissa são mostradas com as suas mãos e pés cortados fora. Em outras gravuras são mostradas enterrando os corpos de São Pedro e São Paulo.

Etimologia: Anastácia = do grego Anastasios, “que ressurgiu (pelo Batismo à vida nova)”; Basilissa = do grego, “rainha”.


Texto de Fabio Arduino, do site "Santi e Beati", com modificações de Zeni, do blog Heroínas da Cristandade e revisão feita por este que vos escreve.

quinta-feira, 12 de abril de 2018

São Sabas, o Godo

  12/04 Quinta-feira
 Festa de Quarta Classe
Paramentos Brancos


São Sabas, o Godo 
Em Romeno: Sava Gotul 
Em Grego: Σάββας ο Γότθος


Morto em 372. A descrição do martírio de São Sabas foi narrada em uma carta logo após sua morte nas mãos do governo dos Gothes ao norte do Danúbio. São Jerônimo conta que o Rei Athanaric iniciou a perseguição aos cristãos em 370. Sabas convertido ao cristianismo desde jovem era padre em Sensala (hoje Targovite na moderna România).

São Sabas era um cristão exemplar com virtudes de obediência e humildade e amava cantar hinos nas igrejas e decorar os altares. Seu desejo por castidade era tão grande que ele até mesmo se refreava em falar com mulheres a menos que fosse absolutamente necessário. Mais que tudo, Sabas amava a verdade. Sabas denunciou a prática de alguns cristãos que pretendiam comer carne oferecida aos deuses pagãos embora na verdade os animais não tinham sido sacrificados aos deuses e era um “falso arranjo” com alguns oficias corruptos. Ele disse que esses cristãos deveriam renunciar a sua fé por esta falsidade. Por isto ele foi forçado em exílio, mas mais tarde foi permitido retornar.

Durante outras perseguições, no ano seguinte, vários cristãos disseram que não havia nenhum cristão entre eles, mas Sabas anunciou em voz alta que era cristão. Com isto foi preso, mas depois solto como um cristão insignificante que não tinha nem roupas nas suas costas e não poderia causar nenhum mau. 

Logo antes da Páscoa de 372 a perseguição retornou com mais fúria. 

Athanarius e suas tropas entraram onde Sabas dormia o prenderam. 

Eles o tiraram da cama sem permitir que se vestisse acabaram de despi-lo e o acoitaram e o arrastaram sobre um solo cheiro de pedras.

Ao nascer do sol ele disse aos seus perseguidores “Você não me arrastaram através de solo duro e cheio de pedras? Veja se meus pés estão feridos ou se os socos que me deram deixaram qualquer impressão no meu corpo”. Seu corpo não tinha nenhuma marca de arranhões ou hematomas. O que deixou seus carrascos furiosos e eles o levaram para um "rack" improvisado em uma casa próxima e o esticaram.

São Sebas recusou a oportunidade de escapar quando a dona da casa o desamarrou a noite. Ele passou o resto da noite ajudando a mulher a preparar os alimentos para a sua família. No dia seguinte foi pendurado pelos dedos em dois madeirames da casa e ofereceram carne de animais que haviam sido sacrificados aos ídolos. Ele recusou . Um dos escravos de Atharidus bateu com a ponta de sua queixada de Javali, no peito de Sabas, com tal força que todos os presentes pensaram que ele havia morrido. Mas ele estava sem nenhum ferimento. Nesta hora Athanridus declarou que Sabas fosse afogado.

Em uma das margens do rio os soldados queriam deixá-lo ir. Ouvindo-os Sabas perguntou por que eles eram tão preguiçosos em obedecer às ordens e continuou: “Eu vejo o que vocês não podem: Eu vejo uma pessoa do outro lado do rio pronto para receber a minha alma, Ele somente espera o momento que ela deixar o meu corpo”.

Em seguida ele foi amarrado a um poste e enfiado de cabeça para baixo no Rio Buzau (Mussovo) até que estivesse morto.Esta morte por madeira e água, disse um dos estudiosos, é exatamente o símbolo da salvação pois é o símbolo do batismo e da cruz!

Depois que ele morreu, eles os retiraram d’água e deixaram sem enterrá-lo, mas cristãos das proximidades protegeram seu corpo dos animais e aves predadoras.

Jonius Soranus , duque de Scythia, um homem temente a Deus enviou o corpo para a Cappadócia, com uma carta enviada com as relíquias para a igreja da Cappadocia governada por São Basil, narrando o martírio de São Sabas.

Na arte litúrgica da Igreja Sabas é mostrado suspenso pelos dedos em uma figueira ou sendo atirado no rio. Ele é muito venerado na Romênia.