segunda-feira, 31 de julho de 2017

O problema é de Fé, e é grave

O texto abaixo foi escrito por um monge do Mosteiro da Santa Cruz. Extraí as principais partes que tratam da crise da Igreja, diretamente relacionada com o Concílio Vaticano II. Clique aqui se você quiser ler o artigo na íntegra.

O problema é de Fé, e é grave

Por Arsenius | Mosteiro da Santa Cruz

“A Declaração conciliar sobre a liberdade religiosa se mostra contrária ao Magistério constante da Igreja. (…) Ela também não se apoia em nenhum fundamento revelado. Os ‘limites’ fixados pelo Concílio à liberdade religiosa são como poeira nos olhos que oculta o seu defeito radical, que é o de não levar em conta a diferença entre a verdade e o erro. Contra toda justiça, pretende-se atribuir o mesmo direito à verdadeira religião e às falsas. O auge da impiedade, que antes nunca havia sido alcançado, foi quando se adotou no Concílio Vaticano II o equivalente ao princípio do laicismo do Estado, pela declaração da liberdade religiosa. A liberdade religiosa significa necessariamente o ateísmo do Estado, pois ao professar o reconhecimento ou favorecer a todos os deuses, o Estado de fato não reconhece a nenhum, especialmente não reconhece o verdadeiro Deus! Eis aí o que respondemos quando nos apresentam a liberdade religiosa do Vaticano II como um desenvolvimento da doutrina da Igreja. Por causa disso nós rechaçamos a liberdade religiosa do Vaticano II, a rechaçamos nos mesmos termos em que fizeram os Papas do século XIX, nos apoiamos em sua autoridade e somente nela. Que maior garantia podemos ter de estar na verdade e sermos fortes senão pela própria força da Tradição e do ensinamento constante dos Papas, Pio VI, Pio VII, Gregório XVI, Pio IX, Leão XIII, Bento XV, etc., que sem exceção condenaram a liberdade religiosa?” (Dom Marcel Lefebvre)

“O segundo Concílio Vaticano é o maior desastre deste e de todos os séculos passados desde a fundação da Igreja. Quanto mais se analisa os documentos do Vaticano II, mais nos damos conta que se trata de uma perversão total do espírito. Isto é muito grave! Uma perversão total!… Isto é verdadeiramente espantoso. Encontramos nele o indiferentismo do Estado, direito à liberdade religiosa para os seguidores de todas as religiões, destruição do direito público da Igreja, supressão dos Estados católicos; tudo está ali, toda esta série de abominações encontra-se ali consignada e exigida pela lógica mesma de um liberalismo que não quis dizer seu nome, mas que é sua fonte envenenada. Lembrem-se sempre: a liberdade religiosa é a apostasia legal da sociedade.” (Dom Marcel Lefebvre)

MAGISTÉRIO INFALÍVEL DA SANTA IGREJA
É um erro afirmar que:
“A melhor condição da sociedade é aquela na qual não se reconhece o direito de reprimir com penas legais aos que violam a religião católica, salvo quando a paz pública o exige.”

CONCÍLIO PASTORAL VATICANO II
“Este Concílio declara que a pessoa humana tem direito à liberdade religiosa. Essa liberdade consiste, em matéria religiosa, que ninguém seja impedido de agir segundo sua consciência, em privado ou em público, só ou associado, nos justos limites.”

MAGISTÉRIO INFALÍVEL DA SANTA IGREJA
É um erro afirmar que:
“A liberdade de consciência e de culto é um direito próprio de todo indivíduo.”

CONCÍLIO PASTORAL VATICANO II
“Este direito da pessoa humana à liberdade religiosa deve ser reconhecido na ordem jurídica da sociedade como um direito civil.”

MAGISTÉRIO INFALÍVEL DA SANTA IGREJA
É um erro afirmar que:
“Tal direito deve ser proclamado e estar garantido em toda sociedade corretamente organizada.”

CONCÍLIO PASTORAL VATICANO II
“O direito à liberdade religiosa tem seu fundamento na própria dignidade da pessoa humana.”

MAGISTÉRIO INFALÍVEL DA SANTA IGREJA
É um erro afirmar que:
“Todo homem é livre de abraçar e professar a religião que, guiado pela luz da razão, lhe parecer verdadeira.”

CONCÍLIO PASTORAL VATICANO II
“Não é, pois, sobre uma disposição subjetiva da pessoa, mas sobre sua natureza mesma, que está fundamentado o direito de liberdade religiosa. É por isso que o direito a essa imunidade persiste mesmo naqueles que não satisfazem a obrigação de procurar a verdade e de a esta aderir; e, desde que se guarde a justa ordem pública, o seu exercício não pode ser impedido.”

MAGISTÉRIO INFALÍVEL DA SANTA IGREJA
É um erro afirmar que:
“Deve-se ter fundadas esperanças na eterna salvação daqueles que não se acham de modo algum na verdadeira Igreja de Cristo.”


MAGISTÉRIO INFALÍVEL DA SANTA IGREJA
É de Fé que:
“Fora da Igreja ninguém se salva.”

CONCÍLIO PASTORAL VATICANO II
“O Espírito de Cristo não recusou servir-se das igrejas e comunidades separadas como meios de salvação.”
“Quantos creem em Deus, seja qual for sua religião, escutaram sempre a manifestação da voz de Deus.”

Resumindo: O Vaticano II diz que o homem tem um direito natural de escolher a religião que quiser ou de não escolher nenhuma e de defender publicamente as doutrinas dessas falsas religiões; e que Deus se utiliza dessas “religiões” como meio de salvação. Doutrina essa que é totalmente oposta às palavras de Nosso Senhor: “Quem não crer em tudo o que vos mandei [que ensinásseis] será condenado.” (cf. Mc. 16, 16 e Mt. 28, 20). Se o homem tivesse o direito natural de não crer nas verdades reveladas por Nosso Senhor Jesus Cristo (como acontece nas falsas religiões), ele não poderia ser, por isso, punido com a condenação eterna, pois ninguém pode ser punido pelo fato de exercer um direito que ele tem.

Que há de mais danoso do que essa doutrina do Vaticano II? Se o homem tem direito de seguir qualquer religião (ou nenhuma) e se Deus se utiliza de todas como meio de salvação, para que Ele se fez homem? Para que Ele fundou a Sua Igreja? (cf. Mt. 16, 18) Para que Ele morreu na cruz? Para que? Para que? Para que, se o homem pode salvar-se em qualquer “religião” ou mesmo sem nenhuma? Essa doutrina destrói o fundamento de toda a Santa Igreja, pois destrói a necessidade da Fé (verdadeira) para a salvação e torna inútil a Encarnação e a Redenção.



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